Entre as ações destacadas estão a promoção do uso sustentável dos recursos naturais e a aplicação de novas técnicas de manejo que contribuem para a resiliência ambiental e o equilíbrio dos ecossistemas.
As árvores são altamente eficientes na conversão de carbono em biomassa. Elas atuam como importantes agentes de sequestro e armazenamento de carbono, removendo o CO₂ da atmosfera e contribuindo significativamente para o estoque de carbono ao longo de seus ciclos de crescimento. Isso engloba tanto as áreas cultivadas quanto as de conservação de florestas naturais. O potencial dos plantios comerciais na contribuição da mitigação das mudanças climáticas é enorme.
Além disso, esta agroindústria busca sempre novas formas de descarbonizar seu processo produtivo e de transporte. Na jornada para aprimorar seu desempenho climático, as empresas do setor mapeiam cuidadosamente etapas do processo que podem ser otimizadas, visando reduzir emissões e o uso de combustível de fontes fósseis.
O setor de árvores cultivadas atua em uma lógica integradora, sistêmica e circular, da árvore ao pós-uso do produto, gerando uma gama de benefícios climáticos. O setor planta, colhe e replanta árvores para fins industriais, expandindo-se atualmente sobre áreas degradadas e pastagens de baixa produtividade. São 1,8 milhão de árvores plantadas por dia, que removem e estocam carbono da atmosfera. Com isso, recupera áreas, trazendo uma nova ocupação com benefícios para o clima e manejo sustentável, entregando impactos positivos para o ambiente e valor compartilhado para a sociedade.
Este é um setor fundamental para o alcance das metas climáticas do Brasil com contribuições que passam por:
As novas fábricas já são projetadas para minimizar ao máximo o uso de combustíveis fósseis, adotando fontes de energia alternativas e renováveis, como a biomassa em suas caldeiras e fornos de cal.
Unidades já em operação também estão investindo na gaseificação da biomassa florestal para produção do gás de síntese, utilizado para gerar energia para os fornos de cal. Tradicionalmente alimentados por gás natural e outros combustíveis fósseis, os fornos de cal desempenham um papel fundamental no tratamento e reaproveitamento de resíduos da fabricação de celulose, promovendo maior circularidade no processo produtivo.
A bioenergia gerada a partir do licor preto, um coproduto do cozimento da madeira para a produção de celulose, já é realidade no setor. Hoje, 87% da energia consumida pelo setor vem de fontes renováveis.
Na tendência rumo a processos industriais menos poluidores e cada vez mais circulares, há novos investimentos para transformar as cinzas geradas no processo produtivo de celulose em fertilizantes.
A circularidade e a jornada em busca do resíduo zero em aterro são adotadas em aproximadamente 54% das empresas do setor. Essas iniciativas buscam eliminar o envio de materiais para aterros, promovendo práticas mais sustentáveis de gestão de resíduos. Além disso, diversas empresas têm projetos para diminuir as emissões na logística tanto nas operações internas de transporte, quanto no escoamento de produtos como celulose, papel e placas de madeira.
O modelo econômico circular do setor é fundamentado em princípios de sustentabilidade e eficiência, com o objetivo de minimizar o desperdício e maximizar a reutilização de recursos. Ele incorpora diversas práticas, como circularidade, bioenergia, bioprodutos e bioeconomia.
O setor investe constantemente em inovação e tecnologia de ponta. Esses avanços colocam a indústria na vanguarda da descarbonização industrial e geram soluções sustentáveis aos produtos e insumos derivados de combustíveis fósseis.
Além dessas práticas, o setor investe na expansão das áreas de conservação, na restauração de áreas degradadas e na adoção de soluções sustentáveis para enfrentar desafios climáticos, como o uso de clones mais resistentes e o combate eficiente a pragas.
Portanto, o setor de árvores cultivadas oferece uma série de benefícios climáticos, incluindo a remoção de carbono pelos plantios comerciais e florestas nativas, o estoque de carbono nessas áreas, as emissões evitadas pelo uso de fontes renováveis e o armazenamento de carbono em produtos baseados em madeira. Esses benefícios posicionam o setor como uma peça-chave na descarbonização e no combate às mudanças climáticas.