O setor de árvores cultivadas tem se destacado globalmente por seu compromisso com a sustentabilidade, alicerçado em práticas de manejo que equilibram produção e conservação. Ao utilizar matéria-prima proveniente exclusivamente de áreas cultivadas, o setor mostra que é possível alinhar o desenvolvimento econômico com a conservação dos recursos naturais e o bem-estar social, garantindo um futuro sustentável.
Esse modelo sustentável envolve o cultivo, colheita e replantio em áreas muitas vezes de antigas pastagens, que se encontram degradadas, revitalizando assim o solo e contribuindo de forma expressiva para a captura e armazenamento de carbono, essenciais no combate às mudanças climáticas. Definido o lugar de plantio, tecnologias como agricultura de precisão, melhoramento de espécies, mecanização, manejo integrado de pragas e outras boas práticas de manejo são adotadas.
Isso ocorre tanto no cultivo de espécies exóticas — como o eucalipto, o pinus e a teca — quanto no de espécies nativas, a exemplo do pau-brasil, jequitibá-rosa e jacarandá-da-bahia, entre outras espécies emblemáticas da flora brasileira.
Uma prática consolidada na silvicultura é o plantio em mosaico, que intercala áreas de produção com áreas de conservação, criando corredores ecológicos.
Esses mosaicos promovem a conectividade da paisagem, abrigam fauna e flora e oferecem múltiplos benefícios, como a regulação dos fluxos hídricos e a conservação do solo. As práticas de manejo sustentável vão além da eficiência produtiva — refletem o compromisso do setor com a conservação da biodiversidade, a valorização dos serviços ecossistêmicos e a geração de benefícios ambientais, sociais e econômicos para toda a sociedade.
O setor trabalha também para diversificar o uso econômico da área cultivada e envolver pequenos produtores, por meio de programas de parcerias florestais, com o objetivo de criar oportunidades de geração de emprego e renda e ampliar o conhecimento pela troca de experiências.
Entre alguns exemplos, está a adoção do modelo Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), que combina o cultivo de árvores, a criação de gado e o plantio de culturas agrícolas. Essa estratégia promove o uso eficiente da terra, recupera áreas degradadas, favorece a diversificação das atividades na propriedade rural, além de criar mais oportunidades de trabalho e desenvolvimento em comunidades afastadas de grandes centros.
O manejo sustentável, portanto, não é apenas uma prática necessária, mas uma estratégia vital para assegurar que a produção florestal continue beneficiando a sociedade, a economia e o meio ambiente de forma equilibrada e duradoura.
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TORRES DE INCÊNDIO
Estrutura utilizada para identificação e prevenção de incêndios florestais.
Fomento
Parceria entre empresas e produtores locais que gera emprego, renda, garantia de produção e regularização ambiental das propriedades.
Corredores ecológicos
Faixa de vegetação que conecta dois ou mais blocos de habitat semelhantes
APP
As áreas de preservação permanente incluem áreas de vegetação natural às margens de cursos d’água, lagos, lagoas, nascentes, topos de morros e encostas declivosas. Tem função de preservar os recursos naturais, promover estabilidade geológica e o bem estar do homem.
RL
A reserva legal é uma parte da propriedade que deve ser mantida com cobertura vegetal e pode ter finalidade econômica, quando autorizado por órgão ambiental ou previsto em plano de manejo. O tamanho da área varia de acordo com o bioma.
APP e Biodiversidade
aquática
Os habitat aquáticos bem preservados abrigam peixes, anfíbios, plantas aquáticas e são essenciais para manter fauna e flora preservadas.
Colheita
Uma colheita sustentável adota práticas que reduzem impactos. Uma delas é deixar resíduos (cascas, galhos e folhas) no local para enriquecimento e conservação do solo. A direção da colheita é feita no sentido de florestas naturais, visando à migração de fauna para estas áreas.
Estradas
Planejadas para cumprir sua função com a menor área possível (menor impacto ao ambiente), mas que tenha tamanho suficiente para garantir a segurança das operações e seus usuários, além de servir de aceiro na prevenção de incêndios florestais.
Viradouro
Usado quando não há espaço para construção de novas estradas ou quando se quer evitar abertura de novas áreas para destinar melhor uso ao solo.
Mosaico de idades
Garantem heterogeneidade por estratificação vertical (diferentes estágios de crescimento), apresentando diferentes necessidades de recursos e servem de habitat para diversos tipos de fauna e flora, que convivem no mesmo ambiente.
Zona tampão
São linhas de plantio que visam abastecimento industrial e mitigação do efeito de borda.