Com clima favorável, solo abundante e tecnologia agroindustrial de ponta, o Brasil reúne condições ideais para liderar uma economia verde pautada em soluções sustentáveis. As árvores cultivadas, destinadas tanto à produção industrial quanto à restauração ecológica, ocupam menos de 2% do território nacional e já se destacam como um dos pilares da bioeconomia global, um modelo de negócio que alia inovação, uso inteligente da terra, cuidado com as pessoas e com o meio ambiente.
Respeitando um manejo responsável, as árvores cultivadas se consolidam como um vetor estratégico para o desenvolvimento sustentável e tendem a ganhar ainda mais relevância como uma alternativa concreta diante dos desafios climáticos e da crescente demanda por produtos de origem renovável.
Foto: Fins Industriais Irani
No Brasil, árvores são cultivadas principalmente com espécies de eucalipto e pinus, além de algumas nativas brasileiras. Esses plantios fornecem matéria-prima renovável para a produção de diversos itens presentes no nosso dia a dia, como papel, móveis, embalagens, pisos laminados, tecidos, medicamentos e até bioenergia. Cultivadas de forma planejada e responsável, essas árvores ajudam a reduzir a pressão sobre as florestas nativas ao suprirem a demanda por madeira. Além disso, geram importantes benefícios socioambientais, como a recuperação de áreas degradadas, o sequestro de carbono e o desenvolvimento econômico de regiões com menor índice de industrialização.
Foto: Restauracao Biomas
Além dos plantios para fins comerciais, no Brasil, árvores também são cultivadas com o objetivo de restaurar áreas degradadas, recuperar ecossistemas e recompor a vegetação nativa. Esses plantios utilizam, em grande parte, espécies brasileiras adaptadas a cada bioma, respeitando as características locais e promovendo a biodiversidade. A restauração ecológica desempenha um papel crucial no combate às mudanças climáticas, por meio do sequestro de carbono, além de contribuir para a proteção do solo, a conservação da água e a formação de corredores ecológicos. Essa iniciativa está alinhada com compromissos globais, como o Marco de Biodiversidade de Kunming-Montreal e as metas climáticas internacionais, reforçando o papel estratégico das árvores cultivadas no enfrentamento dos desafios ambientais globais.